SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE BENTO GONÇALVES

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24/09/2018

Despesas com salários representam pouco mais de 6% na receita das empresas no comércio

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou em seu informe de setembro de 2018 dados que apresentam a baixa participação dos salários na receita das empresas no Rio Grande do Sul. Segundo o estudo, em 2016 o montante de salários, retiradas e outras remunerações, representavam apenas 6,1% do valor da receita bruta de vendas do setor do comércio. Em 2015 esse número era ainda menor, representando 5,8% da receita bruta das empresas.

As informações têm como base a última Pesquisa Anual do Comércio do IBGE (PAC), que mostra que o Rio Grande do Sul possuía 137.478 empresas do comércio e empregava 700.071 pessoas no ano de 2016. Ao contrário do que os representantes dos empresários costumam declarar nas rodadas de negociação salarial, o custo de mão de obra não é problema para a competitividade das empresas brasileiras.

Conforme o Secretário Geral do SEC-BG, Sérgio Marino Ribeiro Neves, os dados ilustram a pressão injusta sofrida pela classe trabalhadora na busca por melhores condições de trabalho. “É preciso avaliar estes números com muita coerência, principalmente pelo setor patronal. Os trabalhadores não podem ser penalizados pelo descompasso econômico do país quando buscam reajustes salariais que muitas vezes nem sequer chegam a suprir o mínimo de reposição necessária. Ou seja, esta premissa de que a mão de obra no país é cara não é verdadeira. Os problemas na verdade são outros, e assim como baixa remuneração, a informalidade crescente impede inclusive outros avanços sociais importantes para a sociedade como um todo”, alerta Sérgio.